Publicado por Franklin Veiga e Igor Vazzoler do Studio61.
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Estamos de volta com mais uma edição da série #Influências e, hoje, o Studio61 celebra a vida e obra de Beatriz "Bea" Feitler (1938–1982), uma influente designer e diretora de arte brasileira cujo talento e visão estabeleceram novos padrões no design editorial durante um período de mudanças culturais e sociais.
Origem e primeiros passos
Nascida no Rio de Janeiro, filha de imigrantes judeus que fugiram da Alemanha, Bea desde cedo teve contato com as artes, influenciada pela educação cultural proporcionada por seus pais. Aos 19 anos, mudou-se para Nova York para estudar na Parsons School of Design, graduando-se em 1959.
Sua breve carreira no Brasil
Após a graduação, Bea retornou ao Brasil e co-fundou, com o cartunista Jaguar, o Estúdio G, especializado em pôsteres, capas de álbuns e design de livros. Também trabalhou na revista Senhor, conhecida por seu design progressista, onde teve a oportunidade de experimentar e inovar.

Harper's Bazaar
Em 1961, retornou a Nova York a convite de Marvin Israel, então diretor de arte da importante revista Harper's Bazaar. Dois anos depois, aos 25 anos, tornou-se co-diretora de arte da revista ao lado de Ruth Ansel. Durante a década de 1960, a dupla imprimiu um design dinâmico e inovador na publicação, refletindo as mudanças culturais da época. Em 1965, Bea e Avedon foram pioneiros ao utilizar a primeira modelo negra em um ensaio para uma grande revista de moda, enfrentando reações adversas significativas.

Ms. Magazine e outros trabalhos
Em 1972, Bea deixou a Harper's Bazaar e, junto com Gloria Steinem, lançou a revista feminista Ms., onde atuou como diretora de arte até 1974. Posteriormente, trabalhou como freelancer em diversos projetos, incluindo campanhas publicitárias para Calvin Klein e capas de discos, como "Black and Blue" dos Rolling Stones. De 1975 a 1981, colaborou com a revista Rolling Stone, redesenhando seu formato e introduzindo o formato tablóide, utilizado até os dias de hoje.

Vanity Fair
Um de seus últimos trabalhos, no início dos anos 80, Bea foi convidada para criar o projeto gráfico do relançamento da Vanity Fair. Seu design moderno e sofisticado ajudou a definir a identidade visual da revista, estabelecendo um novo padrão para o mercado editorial. Infelizmente, devido ao diagnóstico de câncer, Bea não pôde acompanhar o impacto de seu trabalho na publicação.

O legado de Bea Feitler
Bea Feitler faleceu em 1982, aos 44 anos, devido a um câncer raro. Seu legado permanece significativo no design gráfico, sendo lembrada por sua capacidade de quebrar barreiras e moldar a estética editorial de sua época.
Seus trabalhos não apenas refletem as mudanças na sociedade americana dos anos 60, mas também influenciaram a forma como o design editorial é percebido hoje. Sua crença de que um bom design editorial cria um fluxo harmonioso entre as páginas tornou-se uma lição valiosa também para o design digital atual, onde a experiência do usuário e a jornada do cliente são cruciais.
"Uma revista precisa fluir, precisa ter ritmo. Não é possível olhar apenas para uma página isoladamente; é necessário visualizar o que vem antes e depois. Um bom design editorial é sobre criar um fluxo harmônico.”
Bea Feitler foi pioneira no que fez. Sua abordagem corajosa e intuitiva ao design deixa uma marca absoluta. Honramos sua memória e inspiração, que hoje influencia o Studio61 e outros designers no mundo inteiro!

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